Patrícia Varela: Desde quando é que foi proposta o
ensino do bilingue nesta escola?
Fernando Jorge: O ensino do bilingue foi proposta no ano 2013 /2014, quando o ministério da educação, nos lançou este
desafio de instruir e formar os nossos alunos de Ponta d’ Água o bilinguismo.
PV: O estudo do bilingue foi
implementado apenas nesta escola?
FJ: Não. Não só a escola de Ponta d’Água
como também a escola de Flamengos no conselho de São Miguel cujo Professor é
Augusto Correia, acolheram neste ano lectivo a experiência da educação do
bilingue em Cabo Verde.
PV: Qual é a sua posição em aceitar esta
proposta de ser um dos Professores bilinguista deste estabelecimento?
FJ: Como Professor da escola básica de
Ponta d’Água mostrei-me satisfeito com a experiência e considero que a língua
Cabo Verdiana é a base para se apreender qualquer outra língua.
PV: Como avalias os alunos nesta fase da
adaptação dessas duas línguas?
FJ: O balanço foi positivo, e os alunos demostram
á vontade ao falar em Crioulo e expressam as suas ideias e isto tem revelado aprendizagem
significativa em duas línguas.
PV: Como sabemos ainda não existe no
mercado os materiais didáticos para o ensino e aprendizagem do bilinguismo.
Então qual é a sua opinião e dos seus colegas em relação a isso?
FJ: Em relação a isso posso afirmar que
as nossas opiniões são unânimes, pois a falta de materiais didáticos são os
principais constrangimentos no ensino e aprendizagem do Crioulo.
PV: Se não existe materiais didácticos ,então
como é que vocês planejam as aulas?
FJ: As aulas serão sempre planejadas, isto
porque somos nós os próprios Professores que têm de procurar, criar e adaptar
para seleccionar os conteúdos levar e para sala de aulas.
PV: Na sua opinião o bilinguismo tem
“futuro”?
FJ: Eu acho que sim, uma vez que o
Ministério da educação e desporto pretendem generaliza-la no futuro por todas
as escolas do ensino básico com o objectivo de valorizar a língua Cabo Verdiana
e melhorar a aprendizagem da Língua Portuguesa.
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